FUDEU: A PATROA DESCOBRIU O BLOG!!!!

Essa semana estava conversando com a nêga Nita, minha quase patroa, que eu tinha um blog onde eu tentava contar o meu cotidiano no trabalho e na universidade. Putz! Ela achou legal a idéia e elogiou bem a iniciativa. Passei o link pra ela, ela leu uma postagem e achou legal.

Depois de uns dias, ela me liga, puta de raiva, dizendo que leu as postagens e não gostou do que eu escreví sobre a merendeira da escola e uma das minhas peguetes. Foi um inferno que durou um dia inteiro. Não vou mentir que ela é um poço de ciúmes, e que dá uns chiliques de vez em quando, mas não sei viver sem essa mulé.



Nêga Nita, me olhando com cara de raiva.



Eu e Nita temos um relacionamento aberto que já dura quase quatro anos. Falo aberto porque ela não é Sergipana, ela é Mineira de BH, e é dois anos mais velha que eu (tenho 29 e ela 31). Nos conhecemos por obra do acaso, e cada vez mais que conversávamos, íamos descorindo muitas coisas em comum e percebendo que estávamos gostando um do outro. Comecei a perceber também, que a história de vida de cada um é bem parecida. Eu até brincava com ela no início, dizendo que ela era a minha "versão fêmea".

Vocês devem estar se perguntando agora: "mas se no nordeste tem mais mulher do que homem, porque fostes buscar uma de tão longe?"

Primeiro porque eu tomei uma cisma das mulheres daqui, pois não gosto de ser tratado, nem como segunda opção nem como última, como as mulheres daqui fazem: correm atrás de um monte de filho-da-puta que passa a vara nelas, engravidam e caem fora. Agora a moda aqui em Sergipe é criar o filho dos outros, pois mais da metade das mulheres, principalmente de Aracaju são mães solteiras. E as que não são, estão na fase do "mundo no meio das pernas". Isso sem contar que a qualidade da mulher cai profundamente.

Nada contra quem gosta de se aventurar com mulheres que já tem filhos, mas nascí pra ser pai e não padrastro. Elas são guerreiras por criarem seus filhos sozinhas? Sim, reconheço. Mas só depois de se fuder com o galã sem futuro, é que vão querer se apaixonar pelo gordinho universitário? Má rapá... É como diz aquele velho deitado: Besta é coco, que não tem peito e ainda dá leite. Tou fora dessa.

Segundo porque aqui nunca tinha encontrado uma mulher que quisesse construir alguma coisa comigo. As mulheres daqui já querem que o cara já tenha uma vida pronta, pra elas entrarem, se acomodarem e depois de um tempo, chifrarem o cara, separarem e levarem metade do que o cara construiu. É desse tipo de mulher que eu esou fugindo, e a nêga NIta é totalmente o inverso, pois em uma época de vacas magras da minha vida, ela colocava até créditos no meu celular pra não perder contato comigo. Isso é ou não é incrível? Uma mulher que se importa com  você a esse ponto, deve sim ser muito valorizada.

E terceiro porque eu não sou hipócrita ao ponto de querer me relacionar com uma mulher inexperiente e depois ir atrás das experientes. Aqui, homem que caça mulher virgem é ruim de cama, e não gosta de ser comparado na hora da trepada. Eu e a nêga Nita somos bem experientes e sabemos muito bem onde mora o prazer um do outro. E eu, apesar de estar me preparando na universidade para ser professor, não tenho saco pra ensinar pra uma menina, o que ela tem que fazer pra me dar prazer.

Nosso relacionamento permaneceu aberto até os dias de hoje. Mas em julho desse ano, vamos oficializar de vez, pois percebemos que o ciúme entre a gente é grande demais pra uma relação assim. E ela está pensando em vir morar aqui em Aracaju. Vai ser bom, pois de onde eu moro até onde ela vai morar, é meia hora de viagem. Peço desculpas às mulheres que pensavam que eu era solteiro, pois não sou. Tenho uma patroa que gosta muito de mim, e está vindo de longe começar uma nova vida e complementar a minha. Não vamos mais viver de passeios e viagens: vamos viver juntos. Ela até aprendeu a cozinhar por minha causa. Eu amo essa mulé.



A nêga Nita em nossos momentos de paz, amor e pimenta.