Sem televisão, vida boêmia e conjuntivite

Já faz quatro meses que quase não assisto televisão, por causa da correria entre o trabalho e a universidade. Minha vida agora é um mundo onde quase não tenho tempo para me sentar e desfrutar das coisas boas que a tv tem pra mostrar.

COISAS BOAS???? KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

A televisão é o maior devorador de cérebros e fazedor de escravos que existe atualmente. Nunca se criou tanta gente fútil e materialista igual aos dias de hoje, e isso por causa de que??? Por causa da televisão, que de modo subliminar, não obriga você a comprar nada, não obriga você a apoiar nada, não obriga você a se assustar com nada e não obriga você a ser instruído em nada. Mas se você não adiquirir o que ela oferece, o que ela quer que você pense, o que ela apóia e o que ela ensina, você não vai ser uma pessoa aceita na sociedade, não vai frequentar as baladas, não vai ficar com as mulheres mais gostosas (fúteis e interesseiras por causa da televisão também). Mas relaxem que isso ela nunca vai dizer explicitamente na sua cara. Mas está lá. Pare e observe. Ops! Esqueci que é uma minoria quem vive fora da matrix.

Muita gente pode estar pensando nesse momento: "ele vai ficar desatualizado das coisas que acontecem no mundo." Mas acontece que eu tenho problemas demais ao alcance dos meus braços pra me preocupar, e apesar de ser assalariado, tenho internet em casa, não preciso tanto da televisão em minha vida.

Tenho também 5 afilhados, sendo que desses cinco, só 3 convivem perto de mim. Tenho o Matheus, de dez anos, que já está chegando na adolescência, a Lanay (o nome dela é o nome de uma ilha do Hawaí), cuja mãe é superdependete dela, sufocando-a o tempo todo e não dando espaço pra ela ter uma vida social e a Meirielly, que se apegou demais a mim, por eu ser "o pai que ela queria ter em casa". Isso sem contar com o meu trabalho como zelador, as aulas de reforço escolar que eu dou nos sábados e a universidade, que só não me estressa mais, por causa de um barzinho que tem de frente.

Um ponto positivo pra essa falta de televisão que não me faz, é que só nesses primeiros quatro meses do ano, lí cerca de oito livros, que posso recomendar:

O discurso do método - Descartes - um ensaio ótimo sobre o racionalismo.

O Boca do Inferno - Ana Miranda - A vida de Gregório de Matos na Bahia no início do século 19.

A Metamorfose -  Franz Kafka - Se você cair doente, saiba que felizes são os que esperam sempre o seu pior.

Murilo Mendes, antologia poética - A vida e obra e um dos maiores escritores e poetas modernistas do Brasil.

Contos reunidos de Moacir Scliar - Os melhores contos desse Pedagógico escritor brasileiro.

Breve História do Mundo - Carlos Nejar - O poeta da condição humana. Faço releituras dele sempre.

Pequenos Milagres - Will Eisner - Histórias sobre os milagres que muitos olhos fanáticos não enxergam.

Contos de amor rasgados - Marina Colasanti - Histórias de amor surreais e sem finais felizes. Também faço releituras desse livro.

Sinceramnete falando, a vida sem televisão só me fez evoluir. Estou dois passos à frente de um ser humano comum do século XXI. Mas não faço parte das massas desde 2001. No começo eu me sentia estranho, mas hoje eu sei que fiz a escolha certa. Sou o tipo de pessoa que a sociedade abomina: aquela que enxerga a vida pelo lado de fora. E gosto de me sentir assim, subliminar.

Outra coisa que eu sempre tive, e que acho ser uma herança paterna, é a vida boêmia. Falo herança, porque meu pai faleceu quando eu tinha seis anos, e minha mãe nunca mais se casou de novo. Ainda bem!

Desde os meus 20 anos que a noite me atrai. Não sei viver sem um bar e sem a vida noturna. Me identifico muito com as pessoas que andam na noite, os músicos,os garçons, os filósofos de mesa de bar e até os donos de bar me trazem uma certa identidade.

Muitas pessoas podem muito bem falar que isso é uma fuga, principalmente as mais fanáticas religiosamente, mas nada melhor para a vida de um homem do que um bar. Não concordo em chegar bêbado, vomitando e caindo pelas tabelas (o que já aconteceu comigo algumas vezes), mas se bem aproveitado, o bar pode trazer muita descontração para a vida do ser humano. Você faz amizades, comemora eventos importantes e até quem sabe, encontra uma parceira legal pra viver seus dias de inverno. Me reúno com meus amigos em bares desde 2005.

Eu e a rapaziada

E acho importante que o homem em seu estado mais social, deva frequentar um bar de vez em quando. Acho que até as mulheres que são casadas com homens que sabem usufruir de um bar, são mais felizes. Pois o cara chega em casa com 3 cervejas na cabeça, olhando com tesão pra mulher, pega ela, joga na parede ou na cama e começa um sexo animal noite adentro.

Depois de umas 3 cervas na cabeça

Mas de que adianta ir para o bar se você está doente? De quarta-feira para cá,estava sentindo umas dores na parte de cima dos olhos. Quinta-feira minha visão estava um pouco turva, e na sexta-feira a surpresa: assim que acordei e me olhei no espelho, me deparei com o meu olho esquerdo menor do que já é e bem avermelhado.

Mas calma que não está tão sério assim não, rsrsrsrs! Fui no oftamologista e ela me explicou que por eu ter tido dengue, estava com a imunidade baixa.Aproveitei e marquei uma consulta para também dilatar a pupila e em breve vou voltar a usar óculos de grau. Essa conjuntivite foi leve. Meu olho não está mais ardendo por causa do colírio, mas ainda está um pouco vermelho. Essa é a única doença que minha mãe aceita eu ter, pois ela fala sempre que eu tive conjuntivite com cerca de quinze dias de nascido. Mães às vezes são estranhas. Só aceitam doenças hoje que você teve na infância. Quando eu estava com sinto,as de dengue, ela veio dizendo que eu estava enrolando pra não ir trabalhar. Mas mães são assim mesmo.

É isso aí pessoal. Termino mais uma confissão, sendo que essa áaminha primeira postagem com fotos. Espero que meu dia-a-dia sirva de reflexão para vocês. Abraços a todos, e um feliz dia das mães para todas as mães blogueiras desse Brasil.