Acordo às dez da manhã de um sono que começou às cinco, resultado de uma festa que eu não ia, mas me animei assim que cheguei no recinto. Uma sensação péssima... Parece que engoli um tijolo, após ser atingido pelo mesmo. Bombas explodem na minha cabeça, e uma sensação de que fui mergulhado em ácido toma conta do meu corpo. Nunca mais tinha sentido isso em minha vida física: ressaca.
"Eu acordo com uma ressaca-guerra, que explode na cabeça..." O Rappa |
Decido ficar na cama o domingo de manhã, mas não consigo porque meu quarto fica na parte da frente da minha casa. E eu tenho que suportar, além de uma vizinhança insuportável, uma irmã de minha mãe que consegue ser mais insuportável do que a própria vizinhança. Para se ter uma idéia, ela passou gritando na frente de casa umas quatro vezes só na parte da manhã. E nessas quatro vezes, ela conseguiu fazer o impossível: me acirdar no estado em que eu me encontrava. Essa tia e mais outros parentes da minha mãe, fazem parte do grupo de parasitas e sanguessugas que infelizmente eu não tive escolha de nascer inserido.
Um típico parasitus parenthis sugatoris. |
Mesmo com o organismo mal, minha mãe mandou que eu fosse ao supermercado. Saí de casa como se fosse um vampiro. Sentia a luz do sol ardendo na minha pele, e as explosões dentro da minha cabeça não paravam. Voltei do supermercado e me alimentei. O peixe com macarrão estava bom, mas minha disposição ainda era zero. Terminei de comer e fui pra cama. As subidas e descidas da escada estão sendo uma tortura para mim, pois com esse tornozelo machucado, me sinto como uma baleia encalhada na parte rasa da praia, pois só depois que lesionei o tornozelo, percebi o como estou acima do peso, e como o peso está dificultando a melhora. Pois além do tornozelo direito, o joelho esquerdo está sofrendo as consequências de ter de suportar o meu excesso de peso.
Foi mais ou menos assim que eu caí. |
Fiquei na cama pela tarde, vendo meu irmão arrumar o quarto. Aproveitei para passar uns papéis de parede do notebook para o meu celular e depois dei um cochilo para poder juntar forças para sair mais tarde. Tentava me levantar, mas em vão: a ressaca me segurava na cama como se eu fosse um imenso bloco rochoso e imóvel. Me acordo com a minha tia parasita dentro de casa, fazendo barulho,gritando e estressando minha mãe, dentro do meu quarto com um único intuito, que era o de me acordar. E a megera fumante inveterada conseguiu! Acordei puto, com minha mãe gritando com minha tia e minha tia gritando com minha mãe. Sinceramente... Quando me casar um dia, vou morar longe de casa e longe de parentes. Não, eu não os odeio, pois minha filosofia e fé cristã me dizem sempre que não devemos odiar ninguém. Mas prefiro que parentes não estejam perto. Penso até em seguir os conselhos do pai do Calvin, o garotinho das histórias em quadrinhos: vou tirar todos os anos fotos dos meus filhos e mandar cartões de natal padronizados com fotos deles, afim de que os parentes nunca venham me visitar.
Os pais do Calvin. |
Essa tia minha é um encosto encarnado, pois passou a tarde aporrinhando minha mãe, que por não fazer nada e não colocar ela no seu devido lugar, fez a covardia de descontar a raiva no meu sobrinho Henrique, de cinco anos. Aquilo me deixou ainda mais puto de raiva! O menino não tinha feito nada, só estava deitado na cama e ela estava chamando-o para que fosse tomar banho. Pôrra! Se ela estava com raiva da irmã, que batesse na irmã, que é mais nova que ela! Mas descontar em uma criança é covardia demais! Eu sinceramente, assim que tiver condições de sair de casa, não levo nem o pó daqui. E não vou ser hipócrita não, porque eu tenho meus motivos, e ver esse tipo de situação e não revidar. Primeiro porque eu não poderia ir em cima da minha mãe e segundo que eu não ia em cima da minha tia. Por isso o que farei de melhor é ir embora dessa casa.
Um dia eu pego a estrada. |
Saio e vou me encontrar com uns amigos para ir para uma lanchonete. Confesso que esse foi o único lugar que eu me senti bem, pois não eram meus parentes e não me estressam com muita coisa. Passei momentos de conversas e descontração com eles. Mas o meu domingo estava se encerrando. Voltei pra casa imaginando o dia em que vou poder te encontrar e poder viver com a minha neguinha, sair de casa e morar com ela.
Escrevi besteira, por isso tive que apagar... Aproveitei que tem uns parentes que não gosto cara e detonei sua tia. Putz! Tive que apagar meu pois nem conheço ela, então seria injusto falar mal dela né? Mas parente as vezes é uma merda mesmo, eu tenho umas tias e uns primos que se eu pudesse afogava todos eles na Lagoa da Pampulha. KKKKKKKKKKKKKKK...
ResponderExcluirParabéns pelo excelente texto, me senti na sua pele, eu te entendo e fecho contigo meu.
É eu também te entendo!
ResponderExcluirTudo que quero é um sitiozinho no interior longe de vizinhos, longe do barulho, longe...
Heheheheehehe. Cara, que maneiro o jeito que vc descreve situações tão corriqueiras da vida. Me diverti pacas com seu relato, e até me vi em algumas situações também, acredita que estou com o tornozelo direito machucado e o lado esquerdo agora está sentindo a consequencia disso?
ResponderExcluirNão se desespere, isto acontece nas melhores familia! Apenas lute mais para conseguir seu próprio espaço e se "livrar" desses parentes sangessugas!
Também farei o mesmo logo logo!
AI QUE CRUZ A SUA HEIN? PARENTES INDESEJÁVEIS E SEM NOÇÃO MÍNIMA DE RESPEITO AO ESPAÇO ALHEIO É UMA TRAGÉDIA NA VIDA DE QUALQUER SER HUMANO RACIONAL. ESPERO QUE SUA SITUAÇÃO SE RESOLVA LOGO E QUE TUDO VOLTE AO NORMAL EM SUA VIDA. EU TAMBÉM JÁ PASSEI POR SITUAÇÕES COMO ESTA E CONFESSO FOI A PIOR EXPERIÊNCIA DE MINHA VIDA. ATURAR A EX NAMORADA DO MEU IRMÃO UM TEMPO LÁ EM CASA FOI DE LASCAR.
ResponderExcluirABRAÇOS!
ANGELS
Muito bom o blog! adorei! Parabéns! Estou seguindo, qndo tiver um tempinho, passe no meu tbm! bjs
ResponderExcluirhttp://woopsbloops.blogspot.com/
Sempre há dias em que os parentes estressam e a gente só quer silêncio ou pegar a estrada. Ah, está sobrando um "a" no título do post, entre o "para" e o "limpar".
ResponderExcluirAbraços e sucesso com o blog!
Cara, já passei por tudo isso, morar com família é bom quando vc é criança, mas depois que cresce, a luta por território é animal, e a coisa complica, eu já sai tarde, mas foi um alívio, hoje moro com minha esposa, por enquanto não tenho filhos pra encher o saco, mas quanto se conquista seu próprio espaço, é maravilhoso, ninguém pra encher teu ovo e vc tem toda a liberdade. Tu vai chegar lá...
ResponderExcluirAbração pra tu. E vai rolar hardcore brevemente na série de matérias, mas dos anos 70, curte?
Tem parente mala quem pode, né? HAHAHAHA! Já passei por situação parecida e sei como é constrangedor esse tipo de coisa... Ainda bem que já consegui morar sozinho, mais uma vitória pra mim!!
ResponderExcluirCara, gostei demais do teu blog. Tô seguindo e vou adicionar aos meus favoritos, beleza?
Abração! Se tiver vontade, dá uma olhada aí:
a-desconstrucao.blogspot.com
Então eu tava vendo que vc anda muito nos blogs da minha blogosfera e decidi te visitar, oque foi maravilhoso, pois adorei o jeito que vc expressa o seu dia a dia, e me identifiquei com varias coisa como os problemas familiares que inevitavelmente tambem tenho. Quanto a ressaca velhão, vai na farmacia e toma um daqueles remedios liquidos que aquilo ajuda bastante. Vou voltar e vou te seguir, se quiser passar no meu blog e dar uma olhada tambem vai ser muito bem vindo !
ResponderExcluirabraço mano !
Adoreeii o texto. Mas acho que não eram seus parentes que estavam mal, mas vc!!! hsauahauashuash
ResponderExcluirQdo estiver morando com sua "neguinha" vai achar a mesma coisa....
BeijO*-*
http://evesimplesassim.blogspot.com/