Entendendo a diretora

Hoje estava no pc da escola, tentando ver se arrumava alguma inspiração para criar alguma postagem interessante, quando sem querer, escutei Dona Nelma, a diretora da escola conversando no telefone com o pessoal da DEA (Departamento de Educação de Aracaju). Ela estava metendo o pau mesmo, reclamando de que eles ficam no pé dela e quando é ela quem precisa ir até eles, é mal-atendida.

Assim que terminou a ligação, ela soltou uma pérola que até agora está gravada na minha memória: "As pessoas às vezes me tiram como ruim, mas eu não me importo. Eu gosto das coisas certas, e só quero fazer o que é certo." Automaticamente aquilo foi como um raio pra mimnha cabeça, pois na mesma hora eu associei a frase dela com a frase de um grande cantor de reggae da década de setenta/oitenta, Mr. Robert Nesta Marley.

"Eu olho para dentro de mim, e não me importo com o que as pessoas fazem ou dizem. Eu me preocupo só com as coisas certas."

Foi a partir desse momento que eu comecei a entender mais a mente dela, pois desde que eu comecei a trabalhar como zelador na escola onde ela é diretora, que só a via como uma mulher autoritária, Mas agora eu vejo totalmento o contrário. Eu vejo uma pessoa que realmente não tem medo e nem vergonha de ser taxada de chata ou de autoritária por brigar pelo que é certo. Isso também me fez lembrar das vezes em que fui taxado de chato por querer também brigar pelo que é certo (apesar de que em alguns lugares, brigar pelo que é certo é ser taxado de gente da oposição. Ex: Quando algum aluno vai reclamar da qualidade do ensino da Universidade Federal no Diretório Central dos Estudantes, a primeira coisa que eles perguntam é, "você é da oposição?").

Resumindo: fazer e brigar pelo que é certo nesse país virou sinônimo de fraqueza, de minoria impotente. Um exemplo disso são os pacotes que o governo oferece para as pessoas vagabundas que não querem nada nessa vida, a não ser viver na merda. Eu vejo lá na escola todos os meses mães querendo declarações pra provar que os filhos estão na escola. Isso apenas com o intuito de não perder o bolsa-esmola do governo federal. Enquanto elas estão recebendo a esmola, elas nem aparecem pra saber como vão as suas crias, se estão estudando e nem se importam em saber das notas que eles tiram nas provas (muitos assinam as provas e entregam). Tem coordenador de escolas que já não marcam as antigas "reuniões de pais e mestres": marcam reuniões para tratar sobre o bolsa-esmola. Essa sim é uma reunião onde vão cerca de 95% dos pais dos alunos. O pobre está comendo mais, admito. Em compensação ele não quer sair da merda, que dilema para as massas! Ganhar dinheiro sem fazer esforço e votando em quem dá esse dinheiro, com medo de perder a esmolinha. Eu é que não queria ter que viver com essa dúvida comendo meu juízo atrasado.

Outro exemplo é o auxílio-família-de-presidiário, que os filhos dos detentos recebem enquanto seus papitos estão na cadeia. Eles além de dar um prejuízo de mais de 3000 reais por mês com alimentação, ainda dão-nos o prejuízo de até 800 reais por mês por família. Aí o que acontece?? O meliante, que já sabe que trabalhar por salário mínimo é uma merda, vai roubar de novo e ser preso (isso quando é preso, pois a maioria vai só na delegacia bater o cartão) pra que a família dele possa comer às custas do governo, ou melhor: às custas do nosso imposto, que engana-se quem acredita que ele é tirado da classe alta. Os impostos que alimentam milhões de pobres sedentários de bolsa-famíla e milhões de meliantes encarcerados nesse país, sai do couro que as pessoas de classe média ralam pra cicatrizar. É ou não é de se revoltar?


Quer comer de graça e ainda ajudar a sua família com até 800 reais por mês? Coloque essa pulseira e arrume um jeito de entrar nessa gaiola.

 O Brasil está em decadência e as pessoas estão reclamando com a bunda no sofá. Hoje em dia, ser ladrão é profissão de políticos e pobres. Os brasileiros viram pela TV, como é que os egípcios e outros países tratam os governos corruptos. Mas o que eles querem fazer?? Uma viadagem chamada de protesto pacífico, onde invadem os espações públicos, ficam passeando com faixas e cartazes nas mãos e ainda apanham da polícia. Aí quando chega ano de eleição, vai votar em idiota, achando que tá protestando, quando na realidade, está colocando um idiota a mais pra sugar os seus impostos e não fazer nada pelo povo. Bons tempos os da ditadura, onde as pessoas se transformavam em mártires para protestar contra os abusos do governo. Nascí no final da ditadura, mas se eu nascesse antes, não estaria aqui pra contar nenhuma história. Estaria sumido, morto e enterrado em algum lugar depois das fronteiras do Brasil e outros países da América Latrina. Os marionetes dos partidos aliados que estão à frente do DCE querem conquistar minha confiança, e fazer com que eu acredite que o que eles fazem é bom. Mas comigo não tem disso não. Sou anarquista, não acredito em políticos. Mas sou à favor de um Brasil livre de corrupção, onde todos saberão que não existem hierarquias, apenas troca de experiências. E onde o respeito não será mais imposto: ele deverá ser conquistado. Que me importa seeu for taxado de mandão, autoritário e outros mil adjetivos? Estou nessa luta pessoal,junto com dona Nelma. A copa está chegando e qua ndo ela chegar, as máscaras irão cair. Anarquia já!