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Pronto para limpar até as arestas mais difíceis!

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quinta-feira, 26 de maio de 2011

Meu vizinho Breno.

Estava na semana passada na Universidade quando Fernando, um amigo, meu deu a idéia de irmos tomar umas no bar que fica de frente à Universidade. Fui logo avisando que estava sem dinheiro, e que só tinha o suficiente pra tomar duas cervas. Ele concordou assim mesmo e fomos tomar as duas. Não vou dizer a marca da cerveja porque não estou sendo patrocinado por nenhuma.

Assim que tomamos a primeira, eis que encontro numa mesa não muito longe da que eu estava, o meu vizinho Breno. Ele tem mais ou menos uns trinta e cinco anos, menos fofinho do que eu e com mais cabelo, rs! Ele é filho de uma enfermeira e assim como eu, também é órfão de pai.

Por ser filho único e ter nascido em uma família que tem condições de se auto-proclamar classe média alta, a mãe de Breno, que é enfermeira, deu a ele uma vida de conforto.Ele e a mãe moram em uma boa casa aqui no bairro, tem uma casa de praia e os avós dele tem uma bela fazenda no interior. Mas o que quero relatar aqui é o fato de que apesar disso tudo, ele cresceu no mesmo bairro que a gente e não se deixou infectar pelo ar de superioridade que pondera na zona sul dessa cidade.

E onde eu entro nessa história? Bom... Quando meu pai era vivo, além do emprego como funcionário público do estado da área de segurança (policial), ele fazia bico de encanador. Era o hobby dele, e também dava pra ganhar uma graninha extra. E naquela época, sempre tinha serviço pro meu pai fazer. E um dos clientes mais assíduos dele era a mãe de Breno, pois naquele tempo, os encanamentos eram tão ruins quanto os de hoje. E devido a isso, e também por ser filho único, Breno se apegou tanto a gente, pois minha mãe teve quatro filhos, todos homens.

Agora depois de adultos, a gente sempre parava para conversar sobre as nossas aventuras em mesas de bar  e em festas, mas nunca tínhamos parado pra tomar uma juntos. Depois de muito tempo, eis que lá estávamos nós dividindo cerveja na mesma mesa. Aquilo foi um marco na nossa história, pois foi um momento que eu pude aproveitar e falar o quanto eu o admirava como pessoa pois, apesar da boa vida que tem, Breno, ao contrário da maioria dos playboys da zona sul de Aracaju, abraçou todas as oportunidades que lhe foram oferecidas. Confesso que ele teve muito mais oportunidades que eu na vida, mas o que nos une é o fato de muitas ou poucas, abraçamos todas elas.

Quando ele me ouviu falando isso, ele ficou espantado, pois ninguém o via daquele modo. O que de fato é verdade, pois o pessoal das antigas daqui que tem a mesma idade que ele, sempre o chamam pelas costas de playboy. Mas eu nunca o enxergava dessa maneira. Eu o enxergava e enxergo Breno como uma pessoa que sabe ser rica, de valores morais e financeiros. Ele fala da vida dele de uma forma simples, e não faz questão de nada, é um tanto desapegado por conviver com pessoas de níveis sociais diferentes no mesmo bairro.

Talvez por ele saber que em certas situações pode contar comigo, ou talvez pelos anos de convivência, Breno e muitas pessoas daqui do bairro que eu moro, merecem mais do que rótulos. Merecem sim,serem reconhecidos pelos exemplos que dão e pelas pessoas que são. E fim de papo.

4 comentários:

  1. Peço desculpas a vcs leitores domeu blog por ter passado esse tempo sem postar nada. Estava ocupado cuidando da limpeza de outros blogs. O blog acumulou poeira, mas já estou d volta para fazer a limpeza.

    Lembrem-se sempre: NÃO IMPORTA QUEM DERRAMOU A ÁGUA.O IMPORTANTE É QUE EU TÔ PASSANDO O RODO.

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  2. Ah... se todas as pessoas tentassem ver além das aparências. Compreender as pessoas pode ser algo tão simples e tão transformador.

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  3. Cara, muito legal a tua história, e é muito difícil alguém ter uma vida farta e não se contaminar com um ar de superioridade, como acontece na maioria das pessoas de classe alta. O bom é que vcs mantiveram a amizade, mesmo havendo um certo desnível financeiro, mas o que foi mais importante foi o respeito e companherismo dos dois.

    Legal a história, vê se não some cara, abração.

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  4. Ainda bem q voltou.. ja estava na hora..rs..

    Não vou pagar os meses q vc ausentou viu?!

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